Expressão algébrica
terça-feira, 15 de março de 2011 by Thércio in

Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter números, são também denominadas expressões literais. As letras constituem a parte variável das expressões, pois elas podem assumir qualquer valor numérico. No passado as letras foram pouco utilizadas na representação de números desconhecidos, atualmente as letras associadas a números constituem a base da álgebra e contribui de forma eficiente na resolução de várias situações matemáticas. Veja alguns exemplos de expressões algébricas: 

2x – 5 
3a + 2y 
x² + 7x 
5 + x – (5x – 2) 
10y – 10x 
a² – 2ab + b² 

As expressões algébricas podem ser utilizadas para representar situações problemas, como as propostas a seguir: 

1 – Determine a expressão que representa o perímetro das seguintes figuras: 
Perímetro: soma dos lados de qualquer polígono. 



4x + 1 + 2x + 4x + 1 + 2x 
12x + 2 


2x + 6 + 3x – 2 + x + 8 
6x + 12 


2 – O dobro de um número adicionado a 20: 2x + 20 

3 – A diferença entre x e y: x – y 

4 – O triplo de um número qualquer subtraído do quádruplo do número: 3x – 4x 

5 – Represente algebricamente a área do retângulo a seguir: 

2x * (3x+5) 
6x² + 10x 

Equação de Diofanto 

6 – Um sexto dela foi uma bela infância. Depois de 1/12 da sua vida, a sua barba cresceu. Um sétimo da sua vida passou-se num casamento sem filhos. Mas, cinco anos após isso, nasceu o seu primeiro filho, que viveu uma vida feliz durante apenas metade do tempo de vida do seu pai. E, em profundo pesar, o pobre velho terminou os seus dias na Terra, quatro anos após perder o filho. 


Fonte:www.brasilescola.com

Colocação pronominal
by Thércio in

Colocação pronominal


Colocação pronominal se refere à posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.



Posições Clíticas de Pronomes Oblíquos Átonos

Próclise, ênclise e mesóclise são fenômenos do português que se caracterizam pelo fato de nenhuma palavra ocorrer entre os pronomes oblíquos átonos e o verbo. São três as posições relativas do pronome em relação ao verbo:
1. Próclise pronome + verbo
Exemplos:
…me observou…
…me observa…
…me observará…
…me observaria…
…me observando…
2. Ênclise verbo + pronome
Exemplos:
…observou-me…
…observa-me…
3. Mesóclise início do verbo + pronome + terminação verbal
Exemplos:
…observar-me-á…
…observar-me-ia…
Todas as conjugações verbais permitem próclise e, com exceção do particípio e dos tempos Futuro [fará, dirá, verá] e Futuro do Pretérito[faria, diria, veria], permitem também ênclise. Somente os tempos Futuro e Futuro do Pretérito permitem mesóclise.
Formas Verbais e Posições Clíticas Permitidas
ParticípioFuturoFut. do PretéritoDemais Formas
Próclisepermitepermitepermitepermite
Ênclisenão permitenão permitenão permitepermite
Mesóclisenão permitepermitepermitenão permite
O português falado no Brasil e em Portugal é diferente quanto às preferências por posições clíticas. No Brasil, opta-se muitas vezes por próclise independente da posição do grupo/sintagma/locução verbal (pronome e verbo) na oração. Já em Portugal, dependendo da posição do grupo verbal na oração, opta-se ou não pela próclise.
No Brasil
Me diz quem tem razão.
Te vi na rua.
Deve-se dizer que não é regra no Brasil. Muitos brasileiros insistem a se expressar corretamente e não empregam a proclise em inicio de periodo.
Em Portugal
Diz-me quem tem razão.
Vi-te na rua.
No Brasil, muitos brasileiros que apreciam falar corretamente, para nao serem vistos como pedantes, empregam o pronome pessoal de maneira prudente: Eu te vi na rua. Jamais esse tipo de brasileiro dira' "Te vi na rua" ou "Vi-te na rua", preferindo a formula prudente e correta.
As gramáticas normativas condenam o uso brasileiro de próclise e esse uso é ensinado no colégio como sendo proibido na escrita. Portanto, exceto quando a escrita simula a fala (mensagens instantâneas e de celular, por exemplo), as posições clíticas da escrita no Brasil são as mesmas do português falado em Portugal.
Português Falado no Brasil
  1. quase sempre se usa próclise, mas muitos brasileiros educados preferem evita-la em inicio de periodo, sobretudo aqueles que falam e escrevem corretamente outras linguas estrangeiras como o francês e o castelhano.
Português Falado em Portugal e Português Escrito
  1. nunca se usa próclise no início do período
  2. nunca se usa próclise após pausa/vírgula
  3. usa-se sempre próclise após atratores
Lista de Atratores
  1. Advérbio
  2. Conjunção
  3. Palavra negativa
  4. Pronome indefinido
  5. Pronome interrogativo
  6. Pronome relativo

Próclise

Em gramática, denomina-se próclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo.

Proibido

  • Não deve ser usada no início de oração ou período. Apesar disso, o uso próclise é generalizado no Brasil, de modo que na fala popular é comum o uso inclusive no início de oração.
Ex.: *Se faz justiça com as próprias mãos naquele lugar.
  • Note que uma oração pode iniciar-se a meio de uma frase, por exemplo, depois de uma vírgula.
Ex.: *Naquele lugar, se faz justiça com as próprias mãos.
Correção: Naquele lugar, faz-se justiça com as próprias mãos.
  • Nos infinitivos há uma tendência à ênclise, mas também é possível a próclise. A ênclise só é mesmo rigor quando o pronome tem a forma o (principalmente no feminino a) e o infinitivo vem regido da preposição a.
Ex.: Se soubesse, não continuaria a lê-lo.
Existem determinadas palavras da língua que são consideradas "atratores" dos pronomes pessoais oblíquos átonos pois, nos enunciados em que elas ocorrem, esses pronomes devem ficar em posição proclítica com relação ao verbo que complementam.

Uso

Quando há antes do verbo:
  • palavra negativa
Ex.: Não se deve jogar lixo no rio.
  • pronome relativo
Ex.: Quanto se pode pegar?
  • pronome indefinido
Ex.: Alguém me perguntou as horas.
  • pronome interrogativo ou advérbio interrogativo
Ex.: Quem me busca a esta hora tardia?
Por que te assustas a cada vez?
Como a julgariam os pais se conhecessem a vida dela?
  • conjunção subordinativa, mesmo quando oculta na oração subordinada
Ex.: Quero que te cuides.
Que é que desejas te mande do Rio? (conjunção oculta)
  • advérbio
Ex.: Ela descuidadosamente se machucou.
  • orações iniciadas por palavras exclamativas, bem como nas orações que exprimem desejo (optativas)
Ex.: Que o vento te leve os meus recados de saudade.
Que Deus o abençoe!
Bons olhos o vejam!
Se o verbo estiver no infinitivo impessoal e ocorrer uma dessas palavras antes do verbo, o uso da próclise ou da ênclise será facultativo.
  • qualquer um dos casos citados acima atrai obrigatoriamente o pronome.

Caso Facultativo

Após pronomes pessoais do caso reto não é obrigatória a próclise.
Ex.: "Eu me garanto" e "Eu garanto-me" estão corretos

Ênclise

Em gramática, denomina-se ênclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo.
É usada principalmente nos casos:
  1. Quando o verbo inicia a oração (a não ser sob licença poética, não se devem iniciar orações com pronomes oblíquos);
  2. Quando o verbo está no imperativo afirmativo;
  3. Quando o verbo está no infinitivo impessoal;
  4. Quando o verbo está no gerúndio (sem a preposição em)
Não deve ser usada quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Neste caso é utilizada a mesóclise.
Os pronomes oblíquos átonos oaosas assumem as formas lolaloslas quando estão ligados a verbos terminados em rs ou z. Nesse caso, o verbo perde sua última letra e a nova forma deverá ser re-acentuada de acordo com as regras de acentuação da língua. Por exemplo:
  • "tirar-a" torna-se "tirá-la";
  • "faz-os" torna-se "fá-los";
  • "comes-o" torna-se "come-lo" (não há mudança de acentuação);
  • "Vou comer-o" torna-se "vou comê-lo".
No caso de verbos terminados em mõe ou ão, ou seja, sons nasais, os pronomes oaosas assumem as formas nonanosnas, e o verbo é mantido inalterado. Por exemplo:
  • "peguem-os" torna-se "peguem-nos";
  • "põe-as" torna-se "põe-nas".
Observação: Em linguagem coloquial, no Brasil, é comum utilizar o pronome reto em substituição ao pronome oblíquo - Por exemplo: "peguem eles!". Este tipo de construção não é adequada em linguagem formal.

Mesóclise

Denomina-se mesóclise a colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo.
Utiliza-se quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo e não há, antes do verbo, palavra que justifique o uso da próclise.
Ex.: Tê-lo-ia perguntado a(o) meu pai, se o tivesse visto na ocasião.
A construção da mesóclise é possível graças à origem do futuro sintético (formado por apenas uma palavra): o futuro analítico, que no latim era formado pelo verbo principal no infinitivo e pelo verbo habere (haver) no presente. Sendo o futuro analítico uma forma composta, era possível colocar o pronome entre os dois verbos. Com a evolução da língua, o verbo auxiliar foi assimilado como desinência do verbo principal, mas manteve-se a possibilidade de deixar o pronome em posição mesoclítica. Ou seja:
  • Ter hei ⇒ terei
  • Ter hás ⇒ terás
  • Ter há ⇒ terá
  • Ter hemos ⇒ teremos
  • Ter heis ⇒ tereis
  • Ter hão ⇒ terão


Fonte:www.pt.wikipedia.org


Concordância
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Concordância

Os termos que constituem uma oração estabelecem entre si diversas relações, entre elas as relações sintáticas, quando esses termos se distribuem pela oração formando um organismo; e relações semânticas, quando esses termos se organizam na oração formando um todo significativo.
Dá-se o nome de concordância à harmonia que os termos da oração apresentam em nível sintático. Assim, algumas palavras, expressões ou mesmo orações, quando estabelecem uma relação de dependência entre si, devem demonstrar com quais elementos estão ligadas. E isso é evidenciado através das flexões: de número e gênero, para os nomes e de número e pessoa, para os verbos.
O fato de a concordância se expressar por meio de flexões pode nos levar a pensar numa série de repetições exigidas pela sintaxe (ex.: marcar o plural no substantivo e no adjetivo que o acompanha). Porém, é a concordância que permite a não repetição do sujeito numa certa construção verbal (ex.: sujeito oculto). De qualquer forma, a concordância é obrigatória nos casos supra-citados.
Em língua portuguesa há dois tipos de concordância:

Concordância nominal

É chamada de concordância nominal a relação de concordância que se estabelece entre:
             • substantivos e adjetivos
  • substantivos e artigos
  • substantivos e pronomes
  • substantivos e numerais
Os nomes se flexionam em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural). São essas as características que um termo determinante ou dependente (artigo, adjetivo e etc.) deve manter em harmonia com as do termo determinado ou principal (substantivo, etc.).
Em língua portuguesa, as relações de concordância são obrigatórias nos casos supra-citados. Por isso, é importante saber de que forma os nomes e sintagmas nominais se relacionam para, assim, promover a concordância adequada.

Concordância verbal

A relação de concordância, quando se dá entre o sujeito e o verbo principal de uma oração, é chamada de concordância verbal.
Os verbos flexionam-se em pessoa (primeira, segunda e terceira), em número (singular e plural), em tempo (presente, passado e futuro) e em modo (indicativo, subjuntivo e imperativo). Em geral, as características de número e pessoa são as que um termo determinante ou dependente (verbo) deve manter em harmonia com as do termo determinado ou principal (substantivo e etc.).
Em língua portuguesa, as relações de concordância são obrigatórias nos casos supra-citados. Por isso, é importante saber de que forma os verbos e sintagmas nominais se relacionam para, assim, promover a concordância adequada.

Regência
by Thércio in

Regência



ABREVIAÇÕES UTILIZADAS NESSA PAGINA: 


TR – Termo regente;
Tr – Termo regido;
VI – Verbo intransitivo;
VTD – Verbo transitivo direto;
VTI – Verbo transitivo indireto;
VTDI – Verbo transitivo direto e indireto.



A sintaxe de regência estuda as relações entre um nome ou um verbo e seus complementos. Há dois tipos de regência:

Regência nominal;
Regência verbal.

Regência nominal


Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbio – exigem complemento para completar-lhes o sentido. Geralmente, essa relação entre o nome e seus complementos é estabelecida pela presença de preposição.

Exemplo:

Ele tem aversão à altura.
                TR         Tr

Ficamos contentes por você.
                  TR             Tr

Os alunos votaram favoravelmente ao projeto.
                    TR                         Tr

Observação: Há nomes que admitem mais de uma preposição.

Exemplo:

Tenha amor a seus filhos.

Renato não morria de amor por Paula.

A seguir veremos a relação de alguns nomes e as suas preposições mais usuais:

Acostumado com, a.Alheio a.
Ansioso para, por.Apto a, para.
Contente com, por, de, em.Falta a, com, para com.
Inofensivo a, para.Preferível a, para.
Próximo a, de.Situado a, em, entre.

REGÊNCIA VERBAL


É o modo pelo qual o verbo se relaciona com os seus complementos.

Exemplo:

Todos criticaram a professora.
               TR                Tr

Há verbos que admitem mais de uma regência:

Ela não esquecia as flores recebidas.

Ela não se esquecia das flores recebidas.

A seguir veremos a regência de alguns verbos:

ABDICAR


Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto.

Exemplo:

O rei abdicou.
VI

Não abdicarei dos meus direitos.
VTI

AGRADAR


No sentido de contentar, satisfazer é transitivo indireto.

Exemplo:

O jogo não agradou ao técnico.

O convite não lhe agradou.

Observação: também é possível aparecer com objeto direto.

AGRADECER


Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.

Exemplo:

Agradeci as flores.
VTD

Agradeci aos diretores.
VTI

Agradeci o presente ao amigo.
VTDI

ASPIRAR


Será transitivo direto quando significar sorver, respirar.

Exemplo:

Aspirou gás carbônico.

É transitivo indireto no sentido de almejar, pretender.

Exemplo:

Os trabalhadores aspiravam ao aumento salarial.

AJUDAR


Aparece como transitivo direto e transitivo direto e indireto.

Exemplo:

Ela ajudava a minha irmã.
         VTD

Nós ajudávamos papai a limpar o quintal.
            VTDI

ASSISTIR


Será transitivo direto quando significar prestar assistência, ajudar.

Exemplo:

O médico assistiu o pequeno garoto.

Será transitivo indireto quando significar presenciar, ver. Nesse sentido o verbo ASSISTIR não admite o uso dos pronomes LHE, LHES.

Exemplo:

Nós assistimos ao jogo da seleção.

Ele assistiu ao espetáculo.

Será transitivo indireto quando significar caber, pertencer.

Exemplo:

Assiste aos governantes o bem-estar social.

No sentido de morar, residir – pouco utilizado atualmente – será intransitivo.

Exemplo:

Ele assiste no Recife há muito tempo.

CHAMAR


Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar.

Exemplo:

Nós chamamos todos os presentes.

No sentido denominar há 4 construções:

Chamaram -no trambiqueiro. à transitivo direto;
Chamaram -no de trambiqueiro. à transitivo direto;
Chamaram -lhe trambiqueiro. à transitivo indireto;
Chamaram -lhe de trambiqueiro. à transitivo indireto.

CUSTAR


No sentido de ser custoso, ser difícil será transitivo indireto.

Exemplo:

Custou ao governo aquela difícil meta.

No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto.

Exemplo:

A insensatez custou-lhe os bens.

ESQUECER

LEMBRAR


Serão transitivos diretos se não forem pronominais.

Exemplo:

Esqueci o nome da rua.

Lembrei um caso antigo.

Serão transitivos indiretos se forem pronominais.

Exemplo:

Esqueci -me do nome da rua.

Lembrei -me de um caso antigo.

Transitivos indiretos quando aparecerem nos sentidos de cair no esquecimento e vir à lembrança.

Exemplo:

Esqueceram -me de alguns fatos marcantes (Eu esqueci de alguns fatos marcantes – frase equivalente)

OBEDECER

DESOBEDECER


São transitivos indiretos.

Exemplo:

O jogador desobedeceu ao regulamento.

Os juristas obedecem ao Código Civil.

PRECISAR


No sentido de marcar com precisão é transitivo direto.

Exemplo:

Ele precisou a hora e o local da consulta.

No sentido de necessitar é transitivo indireto.

Exemplo:

Nós precisamos de bons políticos.

PREFERIR


É um verbo transitivo direto e indireto.

Exemplo:

Preferia o computador ao notebook.

Preferia o vinho à cerveja.

CONCLUSÃO


Nesse tutorial vimos regência nominal e verbal. A regência nominal estuda as relações em que os nomes exigem complementos para completar-lhes o sentido. A regência verbal é o modo pelo qual o verbo se relaciona com seus complementos. Inclusive há verbos que aceitam mais de uma regência, tais como abdicar, agradecer, aspirar, ajudar, obedecer, precisar, preferir.

Espero ter alcançado o objetivo desse tutorial, que foi passar algum conhecimento do que vem a ser sintaxe de regência. Utilizamos uma linguagem clara e objetiva, com o intuito de ser mais uma fonte de estudo e aprendizagem para o público interessado em Português.


Fonte: www.juliobattisti.com.br